terça-feira, 31 de março de 2009

Ópera Crioulo - um 1º balanço


No dia 27 de Março a estreia Europeia da Ópera Crioulo no CCB teve casa cheia e no dia 28 não esgotou por escassos números. Foram mais de 2500 pessoas, entre elas o presidente e o embaixador de Cabo-Verde, o primeiro-ministro português e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, bem como inúmeras figuras da cultura e uma forte presença da comunidade Cabo-Verdiana e Lusófona.

O pano sobe revelando um mundo austero e frio. Gaiolas metálicas penduradas nas alturas encarceram os músicos que seguem o maestro Pedro Neves, no topo de uma torre de metal no centro da cena. De cada lado desta torre, mais gaiolas empilhadas formam muros de aço enviusados, o todo sugerindo o porão de um barco. A música, intervalada aqui e ali de canções populares pela voz de Sara Tavares e pela soprano Carla Simões, só pode ser descrita como extremamente bela e exótica. É neste mundo de beleza redutora que bailarinos, acrobatas e músicos criam quadros pictóricos que contam a história de Cabo-Verde e do mundo moderno, tal como é vista de dentro para fora.

No final do espectáculo toda a gente está de pé. No segundo dia a reacção do público é mais visceral, mais intensa e lê-se a satisfação nos rostos do metteur-en-scène, do compositor e produtor, rodeados de gente que quer falar, perguntar e mesmo pedir autógrafos.

Já se pergunta onde se poderá ver a Ópera Crioulo novamente?

Pois eu pergunto o mesmo.

Parabéns a todos os envolvidos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário